O Movimento de Adolescentes e Crianças do município de Delmiro Gouveia, Sertão de Alagoas, em parceria com Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural e Sustentável de Alagoas - EMATER, realizou a distribuição de frutas e verduras para mais de 100 famílias das comunidades Campo Grande, Eldorado, Bom Sossego 2 e Antigo Lixão.

Essa parceria vem dando muito certo, pois neste momento de incertezas é preciso chegar a quem mais precisa. Juntos, venceremos essa pandemia.




O Movimento de Adolescentes e Crianças – MAC, que comunga dos mesmos princípios, convicções e orientações do MIDADEN / MIDAC – Movimento Internacional de Apostolado das Crianças, sediado em Paris / França vem por esta nota pública MANIFESTAR VEEMENTE REPÚDIO à Proposta de Emenda Constitucional 32/2019, que propõe a redução da maioridade penal para 14 anos de idade. E é com firmeza e respaldo na atuação histórica desta organização, colaboradora, inclusive, da consolidação dos princípios da proteção integral, instituída pelo Estatuto da Criança e do adolescente - ECA, que afirmamos que em um ano de profunda crise sanitária, econômica, política e ambiental o Legislativo brasileiro deveria estar encaminhando pareceres favoráveis para matérias que garantam a dignidade da população brasileira e que não busque encarcerar nossos adolescentes cada vez mais jovens num sistema carcerário superlotado, falido, onde as facções criminosas ganham cada vez mais estruturação e controle - seja dentro e fora das prisões.

Diferentemente do que falou o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, na ocasião do Fórum Nacional Contra a Letalidade Infantojuvenil, em setembro do corrente ano, no qual em suas palavras disse que o ECA possuía caráter paternalista e “dava o direito para os adolescentes matar” importa lembrar que o Estatuto possui as determinações legais para responsabilização de adolescentes infratores de 12 a 18 anos de idade, com a devida observância à particularidade dos adolescentes enquanto pessoa em desenvolvimento.

Posicionamentos como os do Ministro da Educação mostra notória ignorância e compreensão política equivocada da realidade dos adolescentes brasileiros, principalmente no que diz respeito aos dados de violência no país, pois, são exatamente os adolescentes e jovens as maiores vítimas de Crimes Violentos letais Intencionais no Brasil, a maior parte dos adolescentes infratores estão em medida socioeducativas por infrações análogas aos crimes contra patrimônio, como roubo, furto, e não por crimes violentos contra vida, como mostra por exemplo a pesquisa “Panorama Nacional, a Execução das Medidas Socioeducativas de Internação” realizada em 2012 pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (DMF) e pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ). São dados concretos também apresentados pelo Mapa da Violência e pelo Índice de Homicídio na Adolescência.

É neste sentido que ao tempo em que expressamos nossa profunda indignação a esta PEC encabeçada pelo Deputado Flávio Bolsonaro que almejamos que o Legislativo brasileiro e todo o conjunto político do país ao invés de buscar soluções paliativas e eleitoreiras através de soluções desqualificadas para política de Segurança - que em suma não atinge de modo transformador as causas do aumento de criminalidade e insegurança, busquem desenvolver uma agenda de garantia e promoção dos direitos e combate às mais variadas violações ocorridas na infância e adolescência. O Estado tem obrigação de promover o direito à adolescência imersa em oportunidades e acesso à cidadania plena com projetos e desenvolvimento de políticas capazes de disputar de forma séria e célere com o tráfico de drogas e todas as outras infrações que, por muitas vezes, infelizmente, se apresentam como oportunidade de acesso à recurso financeiro e/ou meio de subsistência.

Os adolescentes infratores no Brasil tem cara: são meninos, pretos ou pardos, com pouca escolaridade, moradores das periferias e na maioria das vezes com histórico de alta vulnerabilidade social, não é essa a cara dos filhos dos senhores que se propõe a encarcerar os adolescentes cada vez mais jovens.

Por esses motivos conclamamos as autoridades competentes e toda sociedade brasileira para se opor a este imenso retrocesso que transita no nosso Legislativo, retrocesso para a vida de milhares de adolescentes do país; para história de milhares de pessoas que lutaram pelo direito à uma infância e adolescência mais digna no Brasil; para próprio reconhecimento do ECA enquanto legislação referência internacional. Expressamos ainda que ao invés de reduzir a maioridade penal o legislativo busque reduzir as regalias e privilégios da classe política e judiciária em favor dos mais pobres e em detrimento da imensa desigualdade social que nos marca e aflige.

Este Movimento acredita no protagonismo e organização das crianças e adolescente como potencial transformador, capaz de garantir a manutenção de seus próprios direitos já reconhecidos e instituídos e é neste sentido que com muito vigor e contundência que o MAC estará de braços dados a todos os demais setores da sociedade brasileira que se disponham a enfrentar tamanha afronta aos direitos humanos dos\das adolescentes do país.

Movimento de Adolescente e Crianças – MAC


 


Aconteceu neste último Sábado (19), a Reunião da Coordenação Nacional do MAC que teve como propósito articular aos ações do movimento para o ano de 2021. Onde os representantes dos estados e membros da coordenação, puderam debater assuntos e tirar possíveis encaminhamentos para o próximo ano que se inicia. 

Estiveram presentes nesta reunião os seguintes estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Paraíba e Pernambuco.

O Bloco Carnavalesco A Tanajura, desfilou na última sexta-feira (21/02) pelas ruas do Bairro Campo Grande (Município de Delmiro Gouveia-AL). Assim como nos anos anteriores, o bloco garantiu a animação na comunidade pelas ruas que o bloco passava. A ação reuniu mais de 200 participantes e contou com o apoio do Governo do Estado de Alagoas/Secretaria de Estado da Cultura e da Prefeitura Municipal de Delmiro Gouveia/Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte.

SOBRE O BLOCO

O Bloco Carnavalesco A Tanajura, surgiu a partir do programa de valorização da cultura popular, contido no Projeto Político Pedagógico – PPP, do Movimento de Adolescentes e Crianças-MAC, onde as crianças e adolescentes tomaram pra si o gosto pela cultura popular do carnaval. A princípio surgiu como uma forma de brincadeira e diversão, uma maneira que as crianças juntamente com os educadores/acompanhantes encontraram para festejar o carnaval. Como por exemplo: o “mela-mela”, confecção de máscaras carnavalescas, criação de figurinos improvisados a partir de materiais recicláveis, faixas com ditos de direitos, paródias, etc. Tudo isso para não faltar alegria nos dias de carnaval e abrilhantar a alegria na comunidade.

O Bloco A Tanajura é desenvolvido na comunidade do Campo Grande, área periférica da cidade de Delmiro Gouveia. Esta comunidade é considerada como área de risco pelo Plano Diretor da Cidade, onde as famílias vivem de bicos, Programa Bolsa Família e trabalhos informais. Esta comunidade conta com a presença do Movimento de Adolescentes e Crianças há mais de 38 anos de história.






“Gostei da partilha da comida que nós fizemos; foi igual dos 5 pães e 2 peixes do Evangelho de João. Todo mundo fez igual o menino da bíblia;  trouxe um pouco de comida. Aí, todo mundo comeu e sobrou”. Fala da Larissa, 12 anos, em ocasião da primeira etapa da 3ª Escola Bíblica de Crianças e adolescentes das comunidades do Bairro Floresta, em Goiânia, nos dias 08 e 09 de março/ 2014, pela parceria MAC/CEBI. 

Nesse momento, é significativo destacar que ao refletir sobre a Vida, à luz da Bíblia (Jo6, 1-15), a Larissa trouxe a dimensão do alimento comouma realidade a ser dialogada, a partir da referida narrativa  bíblica. Bem, é fato público e notório que a fome existe no Brasil e no mundo, atingindosobretudo as crianças (no contexto das crianças brasileiras, é urgente destacar crianças indígenas). Antes de tudo, devemos perguntar:“Por que os pobres não têm comida?”  Entre outros aspectos, essa pergunta deve nos fazer enxergar que 85% dos alimentos negociados no mundo são controlados por 10 empresas, por exemplo. No texto, Jesus não fica indiferente à situação de fome das pessoas e, com a colaboração da criança apresenta um novo modelo socioeconômico que vai além das relações mercadológicas de compra e venda de alimentos.Nesse sentido, a Comunidade Joanina nos convida a sairmos da “fase das lamentações”, como quem caminha, age em busca de soluções. O sinal deixado por Jesus, com a colaboração da criança, é: “Relações baseadas na partilha, na descentralização da terra e dos alimentos é que geram comida em abundância e de qualidade para todas as pessoas e ainda sobra”. 

Múria, 29 de março de 2014.





Solicitamos a todas as pessoas que receberam um e-mail dizendo que foram aceitas para participar do curso que respondam esse mesmo e-mail confirmando a participação no curso. 
Aguardamos o e-mail de confirmação.
Muito obrigado. 
As inscrições do curso foram encerradas.
   


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